Instabilidade ligamentar
A instabilidade ligamentar é definida como um estado de ausência de tensão ligamentar, que pode ser constitucional ou pós-traumática.
É a lesão mais comum em esportistas, também pode ocorrer durante a atividade de caminhar, correr ou saltar. Representa 25% de todas as queixas ortopédicas.
Caracterizada por episódios regulares de entorse do tornozelo, a instabilidade geralmente ocorre devido ao comprometimento progressivo dos ligamentos que estabilizam a articulação.
Esse problema é dividido em dois grandes grupos: instabilidade funcional; mecânica.
A instabilidade funcional está relacionada à uma reabilitação ausente ou incompleta e está ligada, diretamente, à disfunção do controle neuromuscular local. O desequilíbrio entre a musculatura inversora e eversora, associados à falta de propriocepção e equilíbrio, geralmente são a causa.
Quanto a instabilidade mecânica, ela está relacionada a uma frouxidão articular ocasionada pela lesão ligamentar extensa. No exame físico ela pode ser identificada através de testes como a gaveta anterior, estresse em valgo, dependendo do ligamento afetado.
Outros fatores que podem contribuir para a instabilidade mecânica são a tenossinovite ou a presença de deformidades no pé. A lesão da sindesmose tibiofibular é outra causa mecânica.
Os sintomas mais comuns são dor, inchaço e hematoma, que podem afetar os dois lados da articulação.
O diagnóstico é feito por meio de exame clínico na área afetada e divide a lesão em três tipos:
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Grau 1-estiramente ligamentar;
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Grau 2-lesão ligamentar parcial;
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Grau 3-lesão ligamentar total;
Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sintomas. A necessidade de exames complementares baseia-se em exames de imagem.
O tratamento envolve imobilização, medicação e fisioterapia. Já o tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados em atletas e lesões com grande instabilidade e abertura da pinça articular.